tag:blogger.com,1999:blog-38524600097991647102024-02-07T03:26:41.991-03:00Changed RouteIsobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.comBlogger109125tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-91399799759900718412015-09-01T03:32:00.002-03:002015-09-01T03:32:17.276-03:00horizontes.<span style="font-size: large;">desconhecidos</span><br />
<span style="font-size: large;">que velhos companheiros</span><br />
<span style="font-size: large;">um dia foram</span><br />
<span style="font-size: large;">não se tocam mais</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">na mesma cama dormem</span><br />
<span style="font-size: large;">cada um para um lado</span><br />
<span style="font-size: large;">não se enunciam</span><br />
<span style="font-size: large;">não se olham mais</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">a morte do amor</span><br />
<span style="font-size: large;">do carinho cúmplice diário</span><br />
<span style="font-size: large;">encantador calor</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">o nascimento da distância</span><br />
<span style="font-size: large;">fria, amarga, diminuta e crua</span><br />
<span style="font-size: large;">a lança no peito, coração a sangrar sua dor</span>Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-88844525175807231732015-08-31T22:54:00.002-03:002015-09-03T00:25:48.649-03:00SuperluaSou filha da noite, me encontro na escuridão<br />
Em pensamentos recônditos<br />
Que na podridão do mundo<br />
Não se escondem<br />
<br />
Regida pela lua<br />
Uivo minha dor<br />
Num cântico interior<br />
Que consome minha carne<br />
<br />
Carne pútrida, carne esguia<br />
Diminuta virtude<br />
Nos vícios me perdi<br />
<br />
É o cheiro da humanidade<br />
Sem caminho, sem luta, vida remediada<br />
É o mesmo cheiro que do esgoto exalaIsobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-7142817553991692942015-08-22T23:56:00.001-03:002015-08-23T00:06:33.315-03:00niilirismosDelírio.<br />
Consumido pelo fogo,<br />
Desejo.<br />
Mutável mutante,<br />
Como o devir pré-socrático,<br />
se perde pelas<br />
Ideias/formas<br />
platônicas.<br />
Ignora a virtude<br />
aristotélica<br />
Pairando pelo gozo<br />
sadiano.<br />
Transportado pelo<br />
super homem afetado<br />
pelo delírio cotidiano,<br />
só vê a vida<br />
pelas miragens estéticas.<br />
a vida sem<br />
arte<br />
é tédio<br />
ou<br />
sofrimentoIsobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-15605369457833926122015-08-22T23:55:00.003-03:002015-08-22T23:55:38.513-03:00Maldita PalavraMal dita palavra<br />
nada estática<br />
de múltiplos significados<br />
e dúbias interpretações.<br />
Querido substantivo<br />
não te sejas arrogante<br />
não demostre ignorância<br />
não aspire a verdade<br />
te contentes como<br />
instrumento de<br />
criativos<br />
literários<br />
loucos<br />
poetas<br />
libertinos<br />
desvairados.Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-18380350123505421572015-08-22T23:55:00.001-03:002015-08-22T23:55:04.425-03:00Hectoédricocem faces da mentira<br />
no palco da vida<br />
que tu pensas levar<br />
no escárnio<br />
que você carrega no peito<br />
e finge.<br />
E finge não existir<br />
<br />
Baby I'm gonna leave you<br />
<br />
Um escárnio bipolar<br />
uma poesia de-cadente<br />
uma estrela<br />
que insiste em brilhar<br />
mesmo que morta<br />
estamos mortos, natimortos<br />
esperança,<br />
tão bonita no papel.<br />
<div>
<br /></div>
Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-34393049413719108672015-08-22T23:54:00.006-03:002015-08-23T22:38:48.859-03:00Amanhece na loucura<br />
o desejo impulso real.<br />
A leveza da beleza sentida<br />
ouvida e pulsada.<br />
O ágape puro e válido,<br />
reafirmado pelas vontades<br />
não negligenciadas.<br />
A frivolidade sem culpa,<br />
vivida permitida.<br />
O grito pulsante<br />
em um gozo<br />
de cátions e ânions,<br />
preso em um ventre dolorido,<br />
cortante,<br />
em uma violência<br />
ora grotesca<br />
ora sublime<br />
que cresce sem cessar.Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-44631153719120240992015-08-22T23:54:00.004-03:002015-08-22T23:54:32.344-03:00De-vaneios<br />
-sejos<br />
-lírios<br />
em uma folha<br />
manchada pelo<br />
vinho<br />
escarlate<br />
como o sangue<br />
que percorre<br />
frenéticamente<br />
minhas veias,<br />
artérias,<br />
no corpo<br />
em evidência<br />
em um materialismo<br />
vulgar<br />
realístico<br />
paradoxal.<br />
<div>
<br /></div>
Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-83216564654729159162015-08-22T23:54:00.002-03:002015-08-22T23:54:17.324-03:00A ação desmedida<br />
abre caminhos<br />
abre feridas<br />
<br />
a ação desmedida<br />
abre minhas pernas<br />
abre minha vulva<br />
<br />
A vontade desmedida<br />
pela moral é<br />
morta<br />
<br />
Moral medida<br />
mediana<br />
castradora<br />
<br />
a razão<br />
morre quando nasce<br />
o desejo<br />
<br />
o desejo<br />
morre quando nasce<br />
a razão<br />
<br />
a razão regra<br />
regradora<br />
dominadora<br />
<br />
rouba minha libertinagem<br />
transformando<br />
em pura e falsa liberdadeIsobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-24673504706263094312015-08-22T23:53:00.007-03:002015-08-22T23:53:58.007-03:00Por-se à prova<br />
das vontades.<br />
Querer?<br />
Não se sabe.<br />
Certeza não se tem<br />
Imposições desproporcionais.<br />
Insatisfação,<br />
isso sim há.<br />
Depende-se do outro<br />
Mas diálogo é inxeistente<br />
Monólogo!<br />
Eu, Eu, EU!<br />
Egoísmo<br />
Egocêntrico.<br />
Escondido de falsas<br />
malditas<br />
verdades.Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-35899530357010092542015-08-22T23:53:00.005-03:002015-08-22T23:53:44.041-03:00Meu orgulho<br />
e o meu desejo<br />
forças opostas<br />
que se disputam,<br />
qual têm mais força?<br />
Quem ganhará tamanha disputa,<br />
quem irá me desarmar por completo,<br />
quem dominará o<br />
meu ser?<br />
Desejo.Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-78388838159663687522015-08-22T23:53:00.003-03:002015-08-22T23:53:32.204-03:00Pois tu consciente do meu masoquismo<br />
me esnoba,<br />
me machuca,<br />
Sabe que meu desejo por ti apenas aumenta.<br />
Teus olhos ardentes me liquefazem;<br />
tua maldade me esquenta;<br />
teu vício é ver-me sofrer;<br />
teu vício é possuir-me;<br />
teu vício é viciar-me.<br />
Palavras,<br />
bestas, bobas<br />
saem de mim<br />
quando em ti pouso meu olhar.<br />
tu és para mim belo,<br />
e por ti cometo loucuras.<br />
apenas consigo viver sob<br />
as miragens estéticas<br />
apenas sob o furor de Eros<br />
a vida se faz suportável<br />
clamo a ti e a teu corpo quente.<br />
desejo a sua mão batendo sobre meu corpo<br />
ardente-mente.<br />
queimo como brasa,<br />
me desfaço em cinza.<br />
sou fogo puro,<br />
chama viva.<br />
inapagável.<br />
ardendo em febre,<br />
por ti eu deliro,<br />
por ti me humilho<br />
suplico<br />
me atiro sobre o mar.Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-16141883516721521242015-08-22T23:53:00.001-03:002015-08-22T23:53:05.810-03:00A lei do desejo<br />
é apenas a<br />
cadência<br />
feita de sonhos<br />
movida pelo<br />
suor<br />
de corpos enlaçados<br />
e na carícia<br />
dos beijos<br />
a lei que resta<br />
é a do<br />
desejo.Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-37153399053862161882015-08-22T23:52:00.005-03:002015-08-22T23:52:54.188-03:00Autônomo<br />
Autófago<br />
tão livre<br />
tão só<br />
faminto e audaz<br />
embriagado e confuzo<br />
devora-se na solidãoIsobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-2675246360632094522015-08-22T23:52:00.003-03:002015-08-22T23:52:38.125-03:00Não sei se fico,<br />
e se ficar não sei<br />
se feliz ou se triste.<br />
Indiferente.<br />
<br />
se ereto me contento<br />
na malemolência<br />
irrito-me.<br />
<br />
No coração poema<br />
na terra, flor.<br />
<br />
Ao nascer dor<br />
pra morrer, amor.Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-3021813427518463472015-08-22T23:52:00.001-03:002015-08-22T23:52:20.849-03:00Perdi.<br />
por entre papéis, lápis<br />
tipografia, arial ou times?<br />
<br />
Me perdi.<br />
Por entre corredores, cavernas<br />
cadeiras e tinta de mimeógrafo.<br />
<br />
Me encontraria.<br />
Um dia descobrirei meu corpo<br />
estendido por detrás de uma<br />
mesa organizada, limpa com<br />
cloro e álcool absoluto<br />
<br />
Me achei.<br />
Por entre cordas como um fim<br />
premeditado, âncora jogada ao mar<br />
como um barco que acaba de chegar<br />
ao seu destino.Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-57898760252025642442015-08-22T23:51:00.002-03:002015-08-22T23:51:54.264-03:00Angústia<br />
que sobe e desce no peito<br />
pedindo para sair<br />
Como pássaro enclausurado<br />
na gaiola<br />
<br />
Machucado coração,<br />
inconcluso, inconstante,<br />
sistólico, diástólico,<br />
arrítmico, ansioso,<br />
doente e ignorante<br />
<br />
Sentimento<br />
dúbio, duvidoso<br />
Querer e não poder.<br />
Meu não é, possuir não existe<br />
Vontade amortecida, ensurdecida e muda.<br />
<br />
Imutável é ilusão<br />
Cíclica visão<br />
montanha russa do saber.<br />
É possível conhecer?<br />
a tu,<br />
a vós,<br />
a mim?<br />
Estar.<br />
SerIsobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-64013853315285913702015-08-22T23:50:00.001-03:002015-08-22T23:50:58.551-03:00Palavras<br />
que saíram de ti<br />
só confirmam<br />
o que era:<br />
sabido,<br />
insistido,<br />
negado.<br />
Importância não há.<br />
Eu já deveria<br />
ter te anulado<br />
dentro de mim<br />
ao menos<br />
há muito tempo.<br />
IndiferençaIsobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-50256314827440523202014-05-09T00:02:00.003-03:002014-05-09T00:27:55.837-03:00Arrepio<div style="color: #555555; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">É suave feito ave</span><br />
<span style="font-family: inherit;">É macio feito o cio</span><br />
<span style="font-family: inherit;">É vadio o arrepio</span><br />
<span style="font-family: inherit;">É santo mais nem tanto</span></div>
<div style="color: #555555; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">É moreno o veneno</span><br />
<span style="font-family: inherit;">É touro feito mouro</span><br />
<span style="font-family: inherit;">É raso feito o mundo</span><br />
<span style="font-family: inherit;">E é fundo feito gozo</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Mula Manca & A Fabulosa Figura</span></div>
Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-30449628943105654652013-10-31T03:27:00.000-03:002013-10-31T03:27:04.480-03:00Decifra-mecom teus olhos desnudos, negros, a pousar sobre mim<br />
percebo sua gula no meu colo<br />
a necessidade de degustar-me<br />
decifra-me, decifra meus desejos<br />devora-me, de uma vez, por inteiro<br />me submete aos teus desejos<br />a tua vontade, a tua pele, negra, quente.<br />roça seus pelos nos meus<br />repousa sua cabeça sobre mim,<br />e escuta minha respiração,<br />clamando a ti.<br />clamando teu desejo a pousar sobre mim<br />
só me dou por inteira, inteira.<br />possua -me!<br /><br /><br />Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-2403666756913472292013-10-31T01:39:00.001-03:002013-10-31T01:39:26.941-03:00Devora-me.e na tua frente te devoro<br />
te consumo, te desejo,<br />
olhos, corpos em brasa<br />
pele na pele<br />
fluir<br />
devir<br />
ir e vir<br />
você explode dentro de mim<br />
na minha mente.<br />
<br />
seu silêncio corrói.<br />
termine o que começou.<br />
não tenho pressa, mas tenho fome<br />
de ti<br />
um dia quem sabe<br />
você me consuma em brasa<br />
e me devolva pura cinza.Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-55439602711127874112013-10-23T04:05:00.000-03:002013-10-31T03:16:04.062-03:00Ato VE dançavam na cama numa perfeita cadência dos corpos.<br />
Música nos ouvidos<br />
Dançavam numa sincronia perfeita.<br />
e na troca de olhares : energia, sinergia.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
Depois da dança um café<br />
um cafuné<br />
um cochilo<br />
um beijo<br />
uma música mais lenta<br />
"melhor ir agora"<br />
um beijo e nunca mais.<br />
<br />Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-25864884805139022422013-09-14T16:50:00.002-03:002013-10-06T01:04:06.981-03:00<span style="background-color: black; color: #9fc5e8; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">Se te queres matar, por que não te queres matar?</span><br />
<span style="background-color: black; color: #9fc5e8; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">Ah, aproveita! Que eu, que tanto amo a morte e a vida,</span><br />
<span style="background-color: black; color: #9fc5e8; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">Se ousasse matar-me, também me mataria…</span><br />
<span style="background-color: black; color: #9fc5e8; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">Ah, se ousares, ousa!</span><br />
<span style="background-color: black; color: #9fc5e8; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas</span><br />
<span style="background-color: black; color: #9fc5e8; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">A que chamamos o mundo?</span><br />
<span style="background-color: black; color: #9fc5e8; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">A cinematografia das horas representadas</span><br />
<span style="background-color: black; color: #9fc5e8; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">Por actores de convenções e poses determinadas,</span><br />
<span style="background-color: black; color: #9fc5e8; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">O circo polícromo do nosso dinamismo sem fim?</span><br />
<span style="background-color: black;"><span style="color: #9fc5e8;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">De que te serve o t</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">eu mundo interior que desconheces?<br />Talvez, matando-te, o conheças finalmente…<br />Talvez, acabando, comeces…<br />E, de qualquer forma, se te cansa seres,<br />Ah, cansa-te nobremente,<br />E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,<br />Não saúdes como eu a morte em literatura!<br /><br />Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!<br />Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém…<br />Sem ti correrá tudo sem ti.<br />Talvez seja pior para outros existires que matares-te…<br />Talvez peses mais durando, que deixando de durar…<br />A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado<br />De que te chorem?<br />Descansa: pouco te chorarão…<br />O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,<br />Quando não são de coisas nossas,<br />Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,<br />Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros…<br /><br />Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda<br />Do mistério e da falta da sua vida falada…<br />Depois o horror do caixão visível e material,<br />E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.<br />Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,<br />Lamentando a pena de teres morrido,<br />E tu mera causa ocasional daquela carpidação,<br />Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas…<br />Muito mais morto aqui que calculas,<br />Mesmo que estejas muito mais vivo além…<br /><br />Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,<br />E depois o princípio da morte da tua memória.<br />Há primeiro em todos um alívio<br />Da tragédia um pouco maçadora de teres que morreste.<br />Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,<br />E a vida de todos os dias retoma o seu dia…<br />Depois, lentamente esqueceste.<br />Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:<br />Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.<br />Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.<br />Duas vezes no ano pensam em ti.<br />Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,<br />E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.<br /><br />Encara-te a frio, e encara a frio o que somos…<br />Se queres matar-te, mata-te…<br />Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!...<br />Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?<br /><br />Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera<br />As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?<br />Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?<br />Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem,<br />Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?<br /><br />És importante para ti, porque é a ti que te sentes.<br />És tudo para ti, porque para ti és o universo,<br />E o próprio universo e os outros<br />Satélites da tua subjectividade objectiva.<br />És importante para ti porque só tu és importante para ti.<br />E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?<br />Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?<br />Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,<br />Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?<br /><br />Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?<br />Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente:<br />Torna-te parte carnal da terra e das coisas!<br />Dispersa-te sistema físico-químico<br />De células nocturnamente conscientes<br />Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos,<br />Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,<br />Pela relva e a erva da proliferação dos seres,<br />Pela névoa atômica das coisas,<br />Pelas paredes turbilhonantes<br />Do vácuo dinâmico do mundo…<br /><br />(Poemas de Álvaro de Campos, 1926)</span></span></span>Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-14698934962066079742013-07-25T15:24:00.001-03:002013-07-26T03:03:47.734-03:00<p>Para que tantos rótulos, se para amar basta ter um coração pulsante? <br>
Melhor amor, é o amor livre!</p>
Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-19764873758010420742013-07-17T02:36:00.001-03:002013-07-17T02:36:24.263-03:00Devaneiando II<p>Preciso fugir<br>
De tudo<br>
O que<br>
Me cerca</p>
Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3852460009799164710.post-73968349376716331102013-07-16T02:50:00.001-03:002013-07-16T02:50:50.085-03:00Devaneiando<p>-Ando tão cansada dessas baboseiras que vocês vem me dizendo. São tantas exigências vazias, e no fim o que fica? A morte, a lembrança, ou o vazio? No fim apenas o fim prevalece. Tudo acaba. Então não adianta perder tempo com dietas, com pseudos: intelectualismos, amigos, convicções, amores. Tenho que aproveitar o real, enquanto o real existe. Antes que o real vire pó. Vire lembrança de outros, ou nem isso. Então me deixe viver. Do meu jeito, do meu desejo, do meu profundo estômago. Deixem.as minhas tripas, meus cabelos, minha gordura, meu câncer, meu vício. Por favor, me deixem.</p>
Isobelhttp://www.blogger.com/profile/01706847896302184838noreply@blogger.com0