Aquele olhar anêmico mostrava desapontamento, frustação.
As palavras arranhavam a garganta, que estava seca.
Faltava - lhe os sentidos
Onde estará meu tato ?
Aquecido pelos atritos da vida que nele se cumpria
Que intimidades sufocantes.
Que relacionamento perigoso.
Ao meu seio, este prazer indizivelmente doloroso.
Insensato.
Obsceno.

Falta de ar.
Falta de espaço.
Uma prisão insuficientemente esterilizada.
A obscuridade,
A doença,
Os cheiros.

4 comentários:

  1. Um prazer que contamina há de contaminar a essência do ser.

    Que seja obscuro e doloroso, se assim é caracterizado.

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  2. É complicado dizer que sim. A situação parece delicada, dá medo de perguntar o que realmente acontece por trás.

    Eu gosto dessa insuficiência, da falta de explicação, do não "entregue de bandeja".

    Abraço.

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  3. Intigante o texto.
    Fiquei precisando saber mais.
    E cada vez que lia entendia mais.

    Mas, queria ler mais disso mesmo.
    E aí, o que veio depois??

    : )

    Muito bom!

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