Bem, se querem saber, é tudo uma farsa.
Desejos, amores. É tudo sonho, ou um pesadelo.
Que não tem fim.
Não existe o fim.
É meu castigo viver na solidão por todos meus pecados cometidos.
É meu castigo viver na infelicidade por todas as minhas mentiras.
Não tenho pena de mim.
Apenas me deixe só.
É isso que eu preciso, viver só.
Com meus demônios,
com meus dissabores,
com minhas ânsias.
Não quero machucar ninguém,
Nem queria mentir mais.
Já que não posso, me isolo.
Apenas me deixe só.
Em minha vida e desespero.

Escrúpulos.

Sou escravo de horários.
O mundo ao meu redor dita as regras.
Acordar, comer, andar, sair, chegar.
Dias rotineiros, Universo cíclico.
Onde estará o fim?
E existirá um?


Meio dia já se foi, espero por ela , mas ela não vem.
Onde estará minha felicidade?
Onde estará minha dignidade?
Direitos, deveres, todos temos. 
Mas a favor de quê, Para quê ?
Por quê ?
Por ?
Quê ?
"O asfalto seco da cidade parece ter se esquecido das estações do ano. Não ouço nada por causa dos zumbidos das cigarras... Não vejo nada, porque tudo se confunde no calor que se levanta do asfalto...
Não há ninguém no cruzamento, mas viro para trás e só vejo sua sombra ...
Estico o braço, mas só sinto o calor do seu corpo que logo some, e uma brisa branda me empurra para a frente...
Não nos tocamos, não nos olhamos... Mas os caminhos se encontram em algum lugar distante...
Atravessamos céus repletos de enigmas que seguem até o breu da noite, onde o sol se põe sobre o conjunto de prédios mesmo que não possamos ver..."
Yoshiyuki Sadamoto