" Mas é que se agora pra fazer sucesso, pra vender disco de protesto, todo mundo tem que reclamar. Vamos todo mundo, ninguém pode faltar. Vamos falar de pesticidas e de tragédias radioativas, de doenças incuráveis , vamos falar de sua vida. Mas tão certo quanto o erro de ser barco a motor e insistir em usar os remos é que não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta e pra mostrar que é amor, ó pátria amada subo bem alto pra gritar, pra gritar... que a pátria que me pariu é a mesma estúpida, tapada. Fecho os olhos pra não ver passar o tempo. Mas parece que é festa, então vamos celebrar a estupidez, o meu país e sua corja de assassinos covardes, estupradores e ladrões. Vamos celebrar nossa polícia e televisão. Ah... "televisão", a mesma televisão que me deixou burra, muito burra demais. Não é Crilde? Eu sou brasileiro, sou filho do Brasil, essa nação fantástica. Sou a minoria... Estúpida tapada minoria, com sua boca oca, sua cárie. Ou sua raiva e sua revelia? E no fim: Quem vai pagar a conta? Quem vai lavar a cruz ? O último a sair do breu acende a luz..."
Pedro Lourenço 

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