Nojo.

Preciso pôr para fora. Gritar.
Esbaldar.
Essse sentimento meu, do meu íntimo.
De culpa, de medo. De ódio, de você.
Que me cospe a cara, dá-me um tapa.
Diz que eu sou puta.
Me chama de lixo.

Me ata as mãos. Me prende em você.
Me suga a alma.

Põe para dormir, briga comigo.
Me humilha me xinga me pisa.
Me ama.
Finge que me ama.
Engana.
Sofre.
Chora.

Exala o que transborda:
esse cheiro de nojo,
esse gosto de álcool.
Essa cara de nunca mais.

5 comentários:

  1. Está curiosa? ...É só começar a sentir tudo o contrário do que escreve! Nos poetas somos atores. "atuamos" pra escrever e escrevemos atuando! já pensou nessa possiblidade?

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  2. Pense, é sempre bom pensar antes de falar...(Eu preciso fazer o mesmo.)

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  3. Eu gosto dessas suas palavras desconexas. Vai formando as palavras e no fim desconstrói tudo.

    Fica tão lindo.

    ;) ;*

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  4. impressionante é o modo de estrutura do texto,e como cria uma expectativa de ansiedade em saber como vai terminar todo o assunto.

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